Por outro lado, a cartografia árabe teve sua origem a partir do século VIII, com base na geografia helenística e ainda se pode verificar nela as instruções e concepções de Ptolomeu em seus mapas. Os astrônomos árabes continuaram as investigações que tinham sido interrompidas na Grécia e Roma. Eles foram capazes de medir um arco do meridiano com observações feitas em Bagdá e Damasco. Construíram e melhoraram uma série de instrumentos astronômicos como, por exemplo, o astrolábio.
O início da geografia islâmica foi patrocinada pelos Califas abássidas de Bagdá e vários estudiosos islâmicos contribuíram para o seu desenvolvimento. Os que mais se destacaram incluem Al-Khwārizmī (780-850), Abu Zayd al-Balkhī (850– 934) conhecido por ser o fundador da conceituada escola Balkhī' e do persa Abu Rayhan Biruni (973–1048).
A geografia muçulmana, conforme se sabe, atingiu seu ápice com Muhammad al-Idrisi (1110–1165 ), o qual em 1154 confeccionou um grande mapa-múndi, a pedido do rei Rogério II da Sicília, conhecido como a Tábua Rogeriana, acompanhado por um livro denominado Geografia.
A obra compreende a descrição da Itália, da Sicília e da Andaluzia, do norte da Europa, da África e de Bizâncio, beneficiando-se da situação específica do reino normando da Sicília que negociava tanto com os europeus como entre as civilizações bizantinas e muçulmanas.
Os muçulmanos combinaram o conhecimento adquirido em suas explorações e viagens com essa base teórica. Acredita-se que os comerciantes árabes entre o século VII e o século IX chegaram a atingir a China por mar e por terra e o Oceano Índico pela costa da África, até Zanzibar (ilha na costa da atual Tanzânia).
Desenvolvimentos posteriores tiveram lugar com os turcos otomanos. Entre eles constam os estudiosos como Mahmudal-Kashgari ( 1005? - 1102?) e Piri Reis (cujo nome turco é Hacı Ahmed Muhiddin Piri), conhecido pelo mapa que produziu, em 1513, onde desenhou a costa do continente americano.