Enquanto no mundo muçulmano acontecia a expansão de conhecimento em várias áreas do saber, a Europa encontrava-se no período medieval; a cartografia apresentava duas formas:
A primeira caracterizava-se pelos mappaemundi. O propósito fundamental desses mapas era instruir os fiéis sobre os eventos significativos da história do cristianismo mais do que registrar as suas posições geográficas.
Esses mapas raramente apresentavam um sistema de coordenadas (latitude/longitude) ou expressavam algum tipo de escala e, muitas vezes, tinham apenas caráter esquemático e geométrico.
Os mappaemundi variavam de forma simples como os chamados mapas T-O os quais mostravam, em um diagrama básico, as três massas de terra cercadas por mar, como era conhecido no mundo romano e que permaneciam no medieval europeu.
Entretanto, esses mapas podiam ter formas mais complexas, mostrando também os pontos cardeais, terras distantes, histórias da bíblia, mitologia, fauna, flora, povos de outras raças. Tornavam-se, portanto, um compêndio do conhecimento que havia na época.
O mais conhecido exemplo de Mappamundi complexo seria o Hereford. Datado de cerca de 1300, está exposto, atualmente, na catedral de Hereford, na Inglaterra. É considerado o maior mapa medieval conhecido, medindo 158 cm por 133 cm.
O mapa é atribuído a Richard of Haldingham, também conhecido como Ricardo, o Bello. Desenhado em uma peça única de vellum , Jerusalém está no centro do mapa, como nos outros mappaemundi.