Como se verá mais adiante nesta pesquisa, os árabes conheciam e fizeram mapas baseados nos trabalhos ptolomaicos. Em relação à Europa, as informações que se têm durante a época medieval sobre o texto da Geographia de Ptolomeu são raras e com poucas informações. Afirma-se que o matemático alexandrino Pappus ( século 4 d.C.) teve acesso aos mapas de Ptolomeu. Também em Alexandria, sabe-se que Agathos Daimon ou Agathodaimon (não se tem o conhecimento exato da época de sua existência) teria feito um esboço do Oikoumenë baseado nos oito livros da Geographia.
A partir de 1300, a situação muda quando várias cópias “aparecem” na Europa em virtude da “redescoberta” reivindicada pelo monge Bizantino Maximus Planudes (cerca de 1260-1305). A questão acalorada que se debate entre os estudiosos do tema é se haveria desenhos de mapas com os escritos de Ptolomeu, mas ainda não existe um consenso sobre esse fato.
Berggren e Jones afirmam que todos os manuscritos da Geographia de uma forma, direta ou indiretamente, descendem de uma só fonte, mas todos eles foram de alguma maneira modificados na tentativa de “corrigi-los ou melhorá-los”.
O florentino Jacopo de Angiolo, aluno do bizantino Manuel Chrysolorus, concluiu a tarefa de traduzir para o latim, por volta do ano de 1406, a obra Geographia, que foi apresentada primeiro com o título de Cosmografia. Não se tem confirmação, mas parece que a primeira edição da obra na Europa teria sido feita na cidade de Vicenza (1475) e a primeira edição a incluir um mapa seria, provavelmente, a de 1477 em Bolonha.